terça-feira, 27 de novembro de 2012


O solo pode ser considerado  resultado da adaptação das rochas às condições de equilíbrio do meio em que se encontram expostas, geralmente diferentes daquele que condicionou sua gênese. Os problemas ambientais têm sido e são abordados como conseqüência, entre outras, das disfunções que a atividade humana provoca, e de suas repercussões. A ação às vezes negligente, do agricultor sobre o solo, tem conduzido à deterioração, freqüentemente  irreversível, das suas propriedades, afetando o seu potencial produtivo, no processo complexo conhecido como degradação das interações físicas, químicas e biológicas.
Na natureza, além dos processos de formação dos solos, existem outros, principalmente derivados da ação dos agentes erosivos, que atuam em sentido contrário. Normalmente, produz-se uma harmonia entre a ação de uns e de outros, estabelecendo-se um equilíbrio entre os mecanismos de "desgaste" e de "formação" do solo. Nos ambientes  semi-áridos e tropicais, este equilíbrio é muito frágil e fácil de se romper, na maioria das vezes em prejuízo do solo. É na zona semi-árida, onde se cultiva a maior área com algodão irrigado e quando o homem interfere de forma decisiva, sobre este equilíbrio, pode desnivelá-lo a favor dos mecanismos de desgaste.
Os principais constituintes do solo são:

                                                                       Textura
A textura do solo refere-se à proporção relativa em que se encontram, em determinada massa de solo, os diferentes tamanhos de partículas. Refere-se, especificamente, às proporções relativas das partículas ou frações de areia, silte e argila na terra fina seca  ao ar (TFSA). É a propriedade física do solo que menos sofre alteração ao longo do tempo. É muito importante na irrigação porque tem influência direta na taxa de infiltração de água, na aeração, na capacidade de retenção de água, na nutrição, como também na aderência ou força de coesão nas partículas do solo.  Os teores de areia, silte e argila no solo influem diretamente no ponto de aderência aos implementos de preparo do solo e plantio, facilitando ou dificultando o trabalho das máquinas. Influi também, na escolha do método de irrigação a ser utilizado.  
Para simplificar as análises, principalmente quanto às práticas de manejo, os solos são agrupados em três classes de textura:

Solos de Textura Arenosa (Solos Leves) - Possuem teores de areia superiores a 70% e o de argila inferior a 15%; são permeáveis, leves, de baixa capacidade de retenção de água e de baixo teor de matéria orgânica. Altamente susceptíveis à erosão, necessitando de cuidados especiais na reposição de matéria orgânica, no preparo do solo e nas práticas conservacionistas. São limitantes ao método de irrigação por sulcos, devido à baixa capacidade de retenção de água o que ocasiona uma alta taxa de infiltração de água no solo e conseqüentemente elevadas perdas por percolação.
Solos de Textura Média (Solos Médios) - São solos que apresentam certo equilíbrio entre os teores de areia, silte e argila. Normalmente, apresentam boa drenagem, boa capacidade de retenção de água e índice médio de erodibilidade. Portanto, não necessitam de cuidados especiais, adequando-se a todos os métodos de irrigação.
Solos de Textura Argilosa (Solos Pesados) - São solos com teores de argila superiores a 35%. Possuem baixa permeabilidade e alta capacidade de retenção de água. Esses solos apresentam maior força de coesão entre as partículas, o que além de dificultar a penetração, facilita a aderência do solo aos implementos, dificultando os trabalhos de mecanização. Embora sejam mais resistentes à erosão, são altamente susceptíveis à compactação, o que merece cuidados especiais no seu preparo, principalmente no que diz respeito ao teor de umidade, no qual o solo deve estar com consistência friável. Apresentam restrições para o uso da irrigação por aspersão quando a velocidade de infiltração básica for muito baixa.

                                                                   

                                                                    Estrutura do Solo

A estrutura do solo consiste na disposição geométrica das partículas primárias e secundárias; as primárias são isoladas e as secundárias são um conjunto de primárias dentro de um agregado mantido por agentes cimentantes. O ferro, a sílica e a matéria orgânica são os principais agentes cimentantes.
A textura e a estrutura do solo influenciam na quantidade de ar e de água que as plantas em crescimento podem obter.

                                                                  Porosidade do Solo

É constituída pelo espaço poroso, após o arranjo dos componentes da parte sólida do solo e que, em condições naturais, é ocupada por água e ar.
As areias retêm pouca água, porque seu grande espaço poroso permite a drenagem livre da água dos solos. As argilas absorvem relativamente, grandes quantidades de água e seus menores espaços porosos a retêm contra as forças de gravidade. Apesar dos solos argilosos possuírem maior capacidade de retenção de água que os solos arenosos, esta umidade não está totalmente disponível para as plantas em crescimento. Os solos argilosos (e aqueles com alto teor de matéria orgânica) retêm mais fortemente a água que os solos arenosos. Isto significa mais água não disponível.
Muitos solos do Brasil e da região tropical, apesar de terem altos teores de argila, comportam-se, em termos de retenção de água, como solos arenosos. São solos com argilas de baixa atividade (caulinita e sesquióxidos), em geral altamente porosos. Muitos Latossolos sob cerrado apresentam esta característica.

                                                                Profundidade do Solo

Os solos quanto a espessura da camada arável podem ser classificados em:

Solos Rasos - Normalmente, a camada arável não alcança os 20cm de profundidade, o que dificulta o crescimento das culturas. Além do pequeno espaço disponível para as plantas explorarem suas necessidades nutricionais e orgânicas, esses solos tanto podem encharcar facilmente provocando anorexia às plantas, como podem secar rapidamente, provocando estresse hídrico.  Esse tipo de solo, geralmente, apresenta altos índices de erodibilidade, devendo ser revolvido o mínimo possível.

Solos com Afloramento de Rocha - Dificultam o tráfego normal de máquinas, tornando o preparo irregular e heterogêneo, assim como apresentam altos riscos de dano aos implementos e aos operadores. Portanto, não devem ser usados com culturas anuais mecanizadas.
Solos Profundos - Geralmente sua camada arável se aprofunda em mais de 60cm, onde as raízes têm um largo espaço para buscar alimentos e as plantas não sentem tanto o excesso de chuvas nem o déficit de água. Esse tipo de solo facilita as técnicas de preparo e de manejo do solo, além de aumentar a eficiência do uso da água de irrigação.
O princípio básico em agricultura consiste em respeitar a aptidão natural do solo, ou seja, utilizá-lo de acordo com a sua capacidade de uso.

                                                               Capacidade de uso

A capacidade de uso do solo pode ser expressa como sua adaptabilidade para fins diversos, sem que sofra depauperamento pelos fatores de desgaste e empobrecimento, através de cultivos anuais, perenes, pastagem, reflorestamento e vida silvestre.
Com respeito à avaliação de terras para desenvolvimento agrícola, existem inúmeros sistemas de classificação, em que diversas modalidades de interpretação  podem ser realizadas em função do seu objetivo. Assim sendo o uso mais conveniente que se deve dar ao solo depende da localização, do tamanho da propriedade, da quantidade da terra para outros fins, da disponibilidade e localização de água, da habilidade do proprietário e dos recursos disponíveis.  

No caso específico do algodoeiro irrigado, para alcançar altos rendimentos de algodão e fibra de boa qualidade, seu cultivo deve ser em solos que apresentem características físicas, químicas e de fertilidade adequadas. Os solos rasos, com afloramento de rochas, salinos, excessivamente arenosos e/ou pedregosos, demasiadamente argilosos e/ou siltosos e de baixa permeabilidade,  devem ser evitados por suas características de difícil correção.
Um fator adverso para a capacidade de uso do solo é a erosão, pois destrói o maior patrimônio do homem, que é o solo, provocando problemas de natureza:
Física: destrói a estrutura do solo (quebra o esqueleto) dificultando a movimentação do complexo ar-água-nutrientes e prejudicando o crescimento de raízes e vida do solo.
Química: provoca a perda da fertilidade natural, a diminuição do teor de matéria orgânica e a falta de nutrientes.

Biológica: resulta em alteração da vida do solo, mal formação das raízes e poluição da água, prejudicando os seres aquáticos.
Econômica: provoca a perda do solo, arrastando calcário, adubo e semente, aumentando o custo de produção e diminuindo os rendimentos do produtor.
Social: é fator favorável ao êxodo rural pois, diante dos baixos rendimentos, o agricultor busca nas cidades a realização do sonho de uma vida melhor.

O que são domínios naturais...



São extensas áreas geográficas com condições ambientais semelhantes, com predominância de elementos como vegetação, relevo, clima e solos.
Devido a grande dimensão territorial, o Brasil possui uma grande variedade de fauna e flora e seus principais domínios naturais são: Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Cerrado, Pantanal, Caatinga, Mata de Araucárias, Campos e Vegetações litorâneas.


- Floresta Amazônica
É o maior domínio brasileiro.  Distribui-se por quase toda a região Norte do Brasil, parte do Mato Grosso e Maranhão. É considerada a maior biodiversidade do mundo. Esse domínio tem sido alvo de várias atividades econômicas como projetos agropecuários, exploração de madeireiras, construções de usinas hidrelétricas, mineração e garimpo. Tais atividades vem prejudicando constantemente esse domínio natural, considerado um dos mais importantes do mundo.
- Mata Atlântica
Encontra-se nas encostas que se estendem pelas serras do leste do Brasil, acompanhando o Oceano Atlântico. É um conjunto de florestas adaptadas ao clima tropical úmido.  A biodiversidade nessas matas é considerada uma das maiores do planeta e o bioma brasileiro que mais sofreu com o desmatamento desde o processo de colonização do Brasil com as plantações de cana-de-açúcar e café, seguidas pela industrialização e urbanização. De toda a vegetação original restam apenas menos de 7,5% do total.
- Cerrado
Segundo maior domínio do Brasil, encontra-se na região Centro-Oeste, e em alguns estados do Norte, Sudeste e Nordeste. É possível notar a presença de campos de gramíneas com arbustos e pequenas árvores. Durante o verão, período de chuvas a paisagem apresenta-se verde, diferentemente do inverno que a vegetação fica esturricada e seca. Atualmente, restam mais ou menos 20% das áreas originais do cerrado.
- Pantanal
Situado entre os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, inclui cerca de 175 rios que são responsáveis pelo transporte de sedimentos, que são depositados ao longo da bacia do rio Paraguai, formando uma planície alagada. Na vegetação pode-se observar a presença de gramíneas e nas áreas mais altas, vegetação semelhante à do cerrado. Nesse domínio encontra-se uma grande biodiversidade de vertebrados.
 

- Caatinga
É o nome da vegetação predominante na região semiárida do Nordeste, caracterizada por matas secas e abertas, com árvores baixas e espinhosas. Devido às altas temperaturas e à falta de chuvas, as plantas possuem recursos para sobreviver à seca, como raízes profundas que buscam água no subsolo e folhas grossas e pequenas que diminuem a transpiração.
Mata de Araucárias
Encontrada em parte da região serrana do Sudeste e nas serras do Sul. É influenciada pelo clima subtropical. Essas florestas não apresentam uma extensa biodiversidade se comparada com as mataras tropicais. Recebe esse nome devido à araucária, ou pinheiro-do-paraná, que é a árvore predominante, que pode atingir até 40 metros de altura. A mata de araucária tem sido muito explorada economicamente, sendo substituídas pelo eucaliptos e pinus, que são usados para a fabricação de papel, alterando assim o equilíbrio ecológico.
- Campos
A maior área de extensão de campos abertos no Brasil localiza-se no interior do Rio Grande do Sul: os pampas. É conhecido também por campanha gaúcha, tendo como vegetação predominante as gramíneas e alguns arbustos.
- Vegetação Litorânea
Por todo o litoral brasileiro é possível observar diversos ecossistemas, entre eles os banhados, manguezais e as matas de restinga. A mata de restinga localiza-se próxima as praias, em uma faixa de solo arenoso, caracterizado por troncos entrelaçados. Os manguezais aparecem junto a lagunas, lagoas costeiras, deltas e estuários de rios, em áreas de transição entre a água doce e a salgada. Surgem em áreas de clima equatorial e tropical. Os banhados estão no Rio Grande do Sul e são ecossistemas formados em áreas alagadas, onde predomina os juncos e os aguapés.

Bacias Hidrográficas


 A bacia hidrográfica  é usualmente definida como a área na qual ocorre a captação de água (drenagem) para um rio principal e seus afluentes devido às suas características geográficas e topográficas.
 A história do homem sempre esteve muito ligada às bacias hidrográficas: a bacia do Rio Nilo foi o berço da civilização egípcia; os mesopotâmicos se abrigaram no valo dos Rios Tigre e Eufrates; os hebreus, na bacia do Rio Jordão; os chineses se desenvolveram as margens dos rios Yang – Tse e Huang Ho; os hindus, na planície dos Rios Indo e Ganges. E isso, apenas para citar os maiores exemplos.
 Os principais elementos componentes das bacias hidrográficas são os “divisores de água” – cristas das elevações que separam a drenagem de uma e outra bacia, “fundos de vale” – áreas adjacentes a rios ou córregos e que geralmente sofrem inundações, “sub-bacias” – bacias menores, geralmente de alguma afluente do rio principal, “nascentes” – local onde a água subterrânea brota para a superfície formando um corpo d’água, “áreas de descarga” – locais onde a água escapa para a superfície do terreno, vazão, “recarga” – local onde a água penetra no solo recarregando o lençol freático, e “perfis hidrogeoquímicos” ou “hidroquímicos” – características da água subterrânea no espaço litológico.
 Às vezes, as regiões hidrográficas são confundidas com “bacias hidrográficas”. Porém, as bacias hidrográficas são menores – embora possam se subdividir em sub-bacias (por exemplo: a bacia amazônica contém as sub-bacias hidrográficas dos rios Tapajós, Madeira e Negro), e as regiões hidrográficas podem abranger mais de uma bacia.
 De acordo com a Resolução CNRH n.º32 de 15/10/03, do Conselho Nacional  de Recursos Hídricos, o Brasil está dividido em regiões hidrográficas denominadas: região hidrográfica Amazônica, região hidrográfica do Tocantins-Araguaia, do Atlântico Nordeste Ocidental, do Parnaíba, Atlântico Nordeste     Oriental, do São Francisco, do Atlântico Leste, do Atlântico Sudeste, do Paraná, do Uruguai e a região hidrográfica do Atlântico Sul.
 Já as bacias hidrográficas são inúmeras, mas as quatro principais bacias hidrográficas do Brasil são: a bacia Amazônica, do Tocantins, bacia Platina (Paraná, Paraguai e Uruguai) e a bacia do rio São Francisco. Juntas, elas cobrem cerca de 80% do território brasileiro, porém de forma bastante irregular.
 A bacia Amazônica responde sozinha por 70% da disponibilidade de recursos hídricos no Brasil enquanto que as bacias da região sudeste respondem por apenas 6%. Assim, as bacias da região sudeste estão sendo usadas no seu limite uma vez que abastecem mais de 42% da população brasileira.
 A Bacia Hidrográfica do Rio Amazonas é ainda, a maior e mais extensa rede hidrográfica do mundo com uma área total de 6.110.000 km² desde sua nascente nos Andes Peruanos até sua foz no Atlântico na região norte do Brasil. Ela é considerada uma bacia continental por se estender sobre diversos países da América do Sul.
  Outras bacias hidrográficas importantes do mundo são a bacia hidrográfica do Rio Saint Lawrence, que faz divisa dos EUA com o Canadá e dá origem ao maior sistema de lagos interiores do mundo, os “Grandes Lagos”; e a bacia dos rios Tigre e Eufrates consideradas o berço da civilização.

Hidrosfera


 A hidrosfera corresponde a toda parte líquida contida no planeta. Os oceanos são responsáveis por 97,2% de toda a água, isso significa que cerca de 2/3 da superfície do planeta são cobertos por oceanos. Já as águas continentais possuem um percentual bem inferior, sendo encontradas nos rios, lagos (estado líquido), nas geleiras (estado sólido, que por sinal é a maior reserva de água doce), os aquíferos e lençóis freáticos. Por fim, as águas contidas na atmosfera, que se apresentam em forma de vapor, dão origem às precipitações.
 
Distribuição de água na hidrosfera
Calotas de gelo e geleira 2,15%
Água na atmosfera 0,001%
Água no subsolo 0,62%
Águas superficiais (rios, lagos e biomassa) 0,029%
Oceanos 97,2%
  A água surgiu a partir do resfriamento da Terra, decorrente dos vulcões que expeliam vários gases e do vapor de água que se evaporou, favorecendo a ocorrência de chuvas.
  A água é fundamental à vida, independentemente do ser, até mesmo porque a vida surgiu na água, como as bactérias, os primeiros seres vivos (trilobitas) e os seres aquáticos, que saíram das águas e se transformaram em anfíbios depois em répteis e assim por diante.
  A água é encontrada em estados físicos. Os estados físicos da água se apresentam em estado líquido, sólido e gasoso.
  
Rios e lagos


  Os rios e os lagos são águas continentais por estarem presentes em áreas emersas. A formação deles se dá em decorrência do afloramento dos lençóis freáticos. Entretanto, essa não é a única maneira de formação de um rio, uma vez que ele pode se originar de derretimento de geleiras, como o Rio Amazonas.
  Os rios sofrem variações quanto a sua velocidade e seu direcionamento, que é determinado por elementos do relevo. Diante disso, percebe-se que o relevo é o divisor de águas em nível geral e particular.
  Os lagos podem ser naturais. Sua origem é decorrente de nascentes de águas subterrâneas, ou mesmo artificiais (quando o homem, através de seus conhecimentos e suas técnicas, consegue materializar a produção de um lago). 
  Os rios variam quanto à quantidade de água, ou seja, sua vazante. Isso é pertinente às modificações climáticas transcorridas durante o ano que vão determinar as cheias (período chuvoso) e vazantes (período de estiagem). Além disso, os rios também podem ter seu regime reconhecido distintamente como sendo rios perenes, intenso e constante fluxo de água sem que ocorra seca (rio que não seca), ao contrário dos rios temporários que são caracterizados por sua presença sazonal, isso significa que se trata de rios que secam no período de seca ou estiagem.
  As águas continentais são de suma importância para a sociedade, tendo em vista que essas são propícias ao consumo humano e de todos os seres vivos. No caso do consumo humano, as águas são utilizadas em múltiplas atividades que podem ser enumeradas em uso rural, urbano, turístico e etc. No campo, ela é utilizada na irrigação, para a criação de animais, entre outros; nas cidades seu uso é destinado às residências, indústrias, comércios, instituições, escolas; e no turismo é fonte de renda, explorando as belezas de rios e lagos.
  Atualmente, uma importante reserva de água doce está armazenada nas geleiras em estado sólido, sua localização geográfica faz com que as temperaturas permaneçam sempre baixas, conservando-as intactas, salvo as alterações pertinentes às atividades humanas que modificam as condições naturais.
  As sociedades do mundo contemporâneo, independente do continente ou país, provocam impactos nas águas que podem ser divididos em: poluição industrial, doméstica e rural.

Dia Mundial da Água

 A Organização das Nações Unidas instituiu, em 1992, o Dia Mundial da Água - 22 de março. O objetivo da data é refletir, discutir e buscar soluções para a poluição, desperdício e escassez de água no mundo todo. Mas há muitos outros desafios: saber usá-la de forma racional, conhecer os cuidados que devem ser tomados para garantir o consumo de uma água com qualidade e buscar condições para filtrá-la adequadamente, de modo a tirar dela o máximo proveito possível.

Os Direitos da Água
A ONU redigiu um documento intitulado Declaração Universal dos Direitos da Água. Logo abaixo, você vai ler os seus principais tópicos:
  • A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: é rara e dispendiosa e pode escassear em qualquer região do mundo.
  • A utilização da água implica respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza.
  • O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
  • Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade e precaução.
  • A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo a nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
  • A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável pela água da Terra.
  • A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
  • A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Dela dependem a atmosfera, o clima, a vegetação e a agricultura.
  • O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.
  • A gestão da água impõe um equilíbrio entre a sua proteção e as necessidades econômica, sanitária e social.

Informações sobre a Água


Na composição da água entram dois gases: duas partes de hidrogênio (símbolo: H) e uma parte de oxigênio (símbolo: O). Sua fórmula química é H2O.
Três quartos da superfície da Terra são recobertos por água. Trata-se de quase 1,5 bilhão de km3 de água em todo o planeta, contando oceanos, rios, lagos, lençóis subterrâneos e geleiras. Parece inacreditável afirmar que o mundo está prestes a enfrentar uma crise de abastecimento de água. Mas é exatamente isso o que está para acontecer, pois apenas uma pequeníssima parte de toda a água do planeta Terra serve para abastecer a população.
 Vinte e nove países já têm problemas com a falta d'água e o quadro tende a piorar. Uma projeção feita pelos cientistas indica que no ano de 2025, dois de três habitantes do planeta serão afetados de alguma forma pela escassez - vão passar sede ou estarão sujeitos a doenças como cólera e amebíase, provocadas pela má qualidade da água. É uma crise sem precedentes na história da humanidade. Em escala mundial, nunca houve problema semelhante.
 Tanto que, até 30 anos atrás, quando os primeiros alertas foram feitos por um estudo da Organização das Nações Unidas (ONU), ninguém dava importância para a improvável ameaça.

A Água e o Corpo Humano

 Os primeiros seres vivos da Terra surgiram na água há cerca de 3,5 bilhões de anos. Sem ela, acreditam os cientistas, não existiria vida. A água forma a maior parte do volume de uma célula. No ser humano, ela representa cerca de 70% de seu peso. Uma pessoa de 65 kg, por exemplo, tem 45 kg de água em seu corpo. Daí sua importância no funcionamento dos organismos vivos. O transporte dos sais minerais e de outras substâncias, para dentro ou para fora da célula, é feito por soluções aquosas. Mesmo a regulagem da temperatura do corpo depende da água - é pelo suor que "expulsamos" parte do calor interno.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Quais os tipo de solo do Brasil? Como se caracterizam?


Terra Roxa: é um tipo de solo vermelho muito fértil, caracterizado por ser o resultado de milhões de anos de decomposição de rochas basálticas. Essas rochas basálticas eram pertencentes à Formação Serra Geral e se originaram do maior derrame vulcânico que o planeta já presenciou, causado pela separação do antigo supercontinente Gondwana nos atuais continentes América do Sul e África, na Era Mesozóica. É caracterizado pela sua aparência vermelho-roxeada inconfundível, devido à presença de minerais de ferro.
No Brasil, esse tipo de solo aparece nas porções ocidentais dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, sul e sudoeste de Minas Gerais e sudeste do Mato Grosso do Sul, destacando-se sobretudo nos últimos quatro estados - Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul- por sua qualidade.
Massapé: é um tipo de solo de cor bem escura, quase preta, encontrado na região litorânea do nordeste brasileiro. O massapé é um solo muito fértil e, portanto, excelente para a prática da agricultura. No período colonial, foi muito explorado na agricultura de cana-de-açúcar. O massapé tem em sua composição uma elevada presença de argila. Ele se forma através da decomposição do granito, em regiões tropicais que possuem estações seca e úmida bem definidas. Na época úmida, o massapé apresenta uma consistência pegajosa e no período de seca ele fica rígido.
Salmourão: O salmourão é um solo areno-argiloso, proveniente da decomposição de granitos e gnaisses.
Aluviais: São solos típicos das planícies fluviais, provenientes de deposições sucessivas de materiais transportados e depositados pelos cursos de água. Apresentam várias camadas de sedimentos de granulometria variada, sem relação pedogenética entre si, em função da fonte de origem.